sábado, 10 de maio de 2008
CONQUISTA
A estréia em nossa cidade Natal
Desde a estréia do “Entre a cruz...” em Salvador (mais ainda depois de termos participado do Festival de Cenas Curtas do Grupo Galpão de Minas Gerais) que a expectativa de estrear em Vitória da Conquista se tornava latente. Os próprios habitantes e a classe teatral da cidade também pediam o espetáculo. Enfim, era chegado o momento oportuno.
Todos estavam meio cansados da temporada em Itambé. O nosso relógio biológico andava meio atordoado, mas isso já era previsto. Viajamos para Vitória da Conquista logo depois da apresentação em Itambé, pois no dia seguinte teríamos que começar tudo de novo. Chegamos à cidade por volta das 01:00 da madrugada da sexta-feira 01 de março e fomos direto para o Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima para deixar o cenário para só depois nos dirigirmos ao hotel.
As atividades do grupo começaram também cedo. As 11:30 fizemos uma entrevista ao vivo na emissora de TV local, vinculada a Rede Bahia de Televisão. O espetáculo estava bem divulgado, pois conseguimos uma chamada na televisão que anunciava toda a temporada.
Cheguei ao teatro as 14:00 horas para montagem de cenário, luz e som. Apesar de menos precárias, as condições estruturais que nos foram oferecidas no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima não foram tão diferentes do Cine Teatro de Itambé.
È sabido por todos os artistas conquistenses e baianos que o Camilo de Jesus necessita de uma reforma completa na estrutura e aquisição de equipamentos básicos para qualquer espetáculo. Infelizmente fazer teatro naquela cidade só é possível com o patrocínio de projetos como o Jurema Pena, pois assumir o aluguel de equipamento de luz e de som com certeza pesa e muito no orçamento de qualquer produção teatral.
Tivemos, por exemplo, em cima da hora locar quatro aparelhos de som, pois nenhum ligava no Centro e quando ligava queimava o aparelho, por problemas na rede elétrica e nas tomadas inutilizadas espalhadas pelo espaço do centro cultural.
Imagine com o isso influencia um espetáculo e toda sua equipe minutos antes de entrar em cena?!
Entretanto, apesar desse cenário, nos sentíamos mais familiarizados com o ambiente, já que aquela casa foi o berço de muitos de nós, inclusive do próprio grupo Caçuá. Contamos com o apoio na divulgação do produtor local Thiago Carvalho e dos alunos que participaram da oficina que também faz parte deste projeto.
A estréia no dia 01 foi um pouco nervosa dada à expectativa que empreendemos sobre a mesma. Um público bom veio prestigiar o espetáculo. Muitos amigos e parceiros de longa caminhada (Chefinho Santos, Sônia Leite dentre outros artistas locais) também estavam na platéia.
Como estava trabalhando na assistência de produção, pude perceber com maiores detalhes a recepção do público para com o espetáculo, que muito pouco diferiu da reação percebida em Itambé. O principal ganho do “Entre a Cruz...” é tocar nos sentimentos arquetípicos do povo do interior, assumidamente sonhadores e lutadores.
E como eu esperava: sucesso total!! Alguns erros técnicos da equipe e do ator em cena, mas nada que tirasse a magia do espetáculo.
Terminada a estréia, fomos todos jantar e comemorar a vitória de mais uma etapa. Estávamos menos cansados neste dia e procuramos poupar energia para a próxima etapa, que também seria realizada no dia posterior.
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