sábado, 31 de maio de 2008
FÉ!
"A fé é, primeiro um dom de Deus. Ter fé é sentir no mais profundo do seu coração, uma impressão durável e perturbadora que só pode ser comparada com o amor, que o Amor na sua perfeição e a sua quinta-essência. «É o coração que sente Deus e não a razão», dizia Pascal. Se é verdade que nas ciências saber é também procurar, quanto mais na fé, onde a diferença é imensa entre o domínio do que é conhecido e do que é desconhecido e que só é pressentido pelo amor através das sombras. Este claro-escuro convida a uma investigação que não tem fim."
Encontra-se este impulso em todas as religiões, de todas as épocas. Se este sentimento religioso se torna insípido, pde ficar a «carcaça»: dogmas, imagens, recordações, tradições. Eles ajudam na «travessia do deserto» , ou nas «noites do espiírito» descritas pelos místicos. Mas isso não é suficiente. Aquele que sente a sede de Deus quer mais.
(Jean Guitton, "O livro da sabedoria e das virtudes reencontradas". Noticias Editorial, pag.114)
JESUS, EM TUAS MÃOS ENTREGO MINHA VIDA, NOSSOS PROJETOS!
FAÇA O MELHOR PARA NÓS, MEU DEUS!
NÃO NOS ABANDONE E DESEMPARE!
ME DÊ DISCERNIMENTO PARA ENTENDER AS COISAS, PACIENCIA E SABEDORIA!
AMÉM!
MB
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Corpus Christi- Bom feriado!!!
Corpus Christi (latim para Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.
É realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa de 'preceito', isto é, para os católicos é de comparecimento obrigatório assistir à Missa neste dia, na forma estabelecida pela Conferência Episcopal do país respectivo.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
Em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa feitos de vidro moído, serragem, flores, areias coloridas. Esta festividade de longa data se constitui uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas se revestem de práticas antigas e tradicionais são embelezadas com decorações de acordo com costumes locais.
Enfim, bons motivos para a meditação, o descanso, estudar, visitar parentes ou ensaiar... Bom Feriado a todos!
terça-feira, 20 de maio de 2008
Resultado do FIT 2008!
A festa de premiação aconteceu sábado dia 17/05. Não pude ir, mas publico aqui o resultado da premiação! Parabéns a Duzinho e toda a equipe. Ano que vem bora colocar oficinas e espetáculos convidados do interior, oxente, né?!
AH, OS NOMES EM NEGRITO FORAM AS MINHAS DEDUÇÕES. TENHO PÉ QUENTE, HEN?
CONFIRA:
Melhor Espetáculo:
• Desconcerto
Melhor Espetáculo Infanto Juvenil:
• Os Prequetés
Melhor Ator:
• André Rosa (Desconcerto)
Melhor Atriz:
• Lívia França (Zona Contaminada)
Melhor Ator Coadjuvante:
• Marcus Villa Gois (O Mentiroso)
Melhor Atriz Coadjuvante:
• Rebeca Dantas (O Mentiroso)
Melhor Diretor:
• Heraldo Souza (O Aluguel e Os Prequetés).
Melhor Autor:
• Luiz Navarro (Quando o sol vem à janela)
Cenário:
• Paulo Paiva (Uma Farsa Áspera)
Trilha Sonora:
• Heraldo Souza (Os Prequetés)
Iluminação:
• Elísio Lopes Junior (Zona Contaminada)
Maquiagem:
• Rino de Carvalho (O Mentiroso)
Figurino:
• César Borges (Putz, a menina que buscava o sol)
Profissional Revelação:
• Tonny Ferreira (Diretor de Uma Farsa Áspera)
Júri Popular:
• Quem Guenta com Essa Verdade?
Prêmio Especial do Festival:
• Ana Nogueira e Luiz Carlos Jujuba (Pesquisa Folclórica do espetáculo Rio de Janeiro a Dezembro)
FOTOS- TONNY FERREIRA- PRÊMIO PROFISSIONAL REVELAÇÃO
DUZINHO E A COMISSÃO JULGADORA
CRÉDITOS DAS FOTOS- PORTAL VILAS
domingo, 18 de maio de 2008
CAÇUÁ DE TEATRO 10 ANOS!
O CAÇUÁ ESTÁ SE PREPARANDO PARA A MONTAGEM COMEMORATIVA DOS SEUS 10 ANOS!!!
CONCENTRAÇÃO, FORÇA E RESISTÊNCIA!
SÃO 10 ANOS DE TRABALHO, LABUTA E LUTA PELO TEATRO E ARTE NO INTERIOR!
UFA, QUANDO EU PENSO...
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
VINDE A NÓS TODOS OS SANTOS E ENERGIAS POSITIVAS!
EVOÉH, DIONÍSIO!
AGUARDE NOVIDADES...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
SALVE JORGE!!
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.
Salve Jorge !
FESTIVAL IPITANGA DE TEATRO 2008-INDICADOS
INDICAÇÕES DOS MELHORES DO FESTIVAL IPITANGA DE TEATRO 2008
O Festival Ipitanga de Teatro, que acontece na cidade de Lauro de Freitas- na região metropolitana de Salvador- tem se destacado por promover o teatro além do umbigo da capital, possibilitando a participação de vários grupos do Estado, embora ainda a participação da capital seja maior. Este ano, apoiados pelo Fundo de Cultura o prêmio cresceu e aumentaram os números de inscritos. Participei em 2005 ganhando Prêmio Profissional Revelação com o Entre a Cruz... e a Finos Trapos levou vários prêmios nesta ocasião também!
Com a produção afiada do amigo Duzinho Nery!
Vamos ver se a cerimônia de entrega dos prêmios e os resultados sejam melhores do que o Brasken...
Merda ai para todos!
Abaixo os indicados.
Em negrito os meus favoritos. Será que acerto algum?! rs
MELHOR ESPETÁCULO
1. Zona Contaminada 2. Desconcerto
3. O Mentiroso.
4. Uma Farsa Áspera.
MELHOR ESPETÁCULO INFANTO JUVENIL
1. Os Prequetés.
2. Putz, a menina que buscava o sol
3. Rio de Janeiro a Dezembro.
MELHOR ATOR
1. Luiz Guimarães (Os Prequetés)
2. Lindolpho Neto (Os Prequetés e O Aluguel
3. André Rosa (Desconcerto)4.
Paulo Paiva (Uma Farsa Áspera)
MELHOR ATRIZ
1. Nice Albano (Quando o sol vem à janela).
2. Lívia França (Zona Contaminada)
3. Eva Lima (Transe)
4. Ana Nogueira (Rio de Janeiro a Dezembro)
MELHOR ATOR COADJUVANTE1.
1. Marcus Villa Gois (O Mentiroso)
2. Fábio Fernandes (Putz, a menina que buscava o Sol)
3. Heraldo Souza (O Aluguel)
4. Rogério Chagas (O Mentiroso)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
1. Rebeca Dantas (O Mentiroso)
2. Analice Lessa (O Mentiroso)
3. Arlinda Lima (A Mulher sem pecado)
4. Evania Copino (Quando o sol vem à janela)
MELHOR DIRETOR
1. Antonio Marques (Zona Contaminada).
2. Juliana Ferrari (Desconcerto).
3. Marcus Villa Gois (O Mentiroso).
4. Tonny Ferreira (Uma farsa Áspera).
5. Heraldo Souza (O Aluguel e Os Prequetés).
MELHOR AUTOR
1. Heraldo Souza (O Aluguel)
2. Diana Raznovich (Desconcerto)
3. Luiz Navarro (Quando o sol vem à janela)
MELHOR CENÁRIO
1. Julio Cesar Ramalho (Rasputin)
2. Fabio Pinheiro (Desconcerto)
3. Paulo Paiva (Uma Farsa Áspera)
4. Hamilton Lima (Zona Contaminada)
MELHOR TRILHA SONORA
1. Heraldo Souza (Os Prequetés)
2. Cia. De Artes da Cena (Rasputin).
3. Luiz Carlos Jujuba e Ana Nogueira (Rio de Janeiro a Dezembro)
MELHOR ILUMINAÇAO
1. Elísio Lopes Junior (Zona Contaminada)
2. Jorge Carlos Ngão (Uma Farsa Áspera)
3. Juarez Barazetti (SÓS, Solidão á Comédia)
MELHOR MAQUIAGEM
1. Paulo Paiva (Uma Farsa Áspera)
2. Rino de Carvalho (O Mentiroso)
MELHOR FIGURINO
1. Tarcisio Almeida (Desconcerto)
2. César Borges (Putz, a menina que buscava o sol)
3. Rino de Carvalho (O Mentiroso)
4. Paulo Paiva (Uma Farsa Áspera)
PROFISSIONAL REVELAÇÃO
1. Tonny Ferreira (Diretor de Uma Farsa Áspera)
2. Lindolpho Neto. (Ator-O Aluguel e Prequetés)
3. Grupo Reluzir de Teatro.
PRÊMIO ESPECIAL DO FESTIVAL
1. Ana Fuchs (Diretora do Espetáculo Sós, Solidão a Comédia
2. Rita Brandi (Coreografia do espetáculo Verso Reverso e Direção do espetáculo Transe)
3. Ana Nogueira e Luiz Carlos Jujuba (Pesquisa Folclórica do espetáculo Rio de Janeiro a Dezembro)
4. Telma Gualberto (Pela atuação no espetáculo A Mulher sem Pecado)
5. Alberto Wanderley (Pela produção de Quem guenta com essa Verdade)
COMISSÃO JULGADORA
Luis Alberto Alonso (Presidente).
Rafael Magalhães.
Rada Rezedá.
Marcio Wesley .
Charles Nobre.
REALIZAÇÃO:Sociedade Cultural Távola
PRODUÇÃO:Duzinho Nery
PATROCÍNIO:Governo da Bahia
Fundo de Cultura
Secretaria da Fazenda
Secretaria de Cultura
SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO
SÁBADO
17 DE MAIO DE 2008
CENTRO DE CULTURA DE LAURO DE FREITAS
(ANTIGO CINE-TEATRO)
Pç. da Matriz - Centro
terça-feira, 13 de maio de 2008
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - DIA 13 DE MAIO!
Em 13 de maio de 1917, em Portugal, três crianças assistiam a uma das aparições mais lembradas pelos católicos de todo o mundo: a aparição de Nossa Senhora de Fátima. Nesta terça-feira (13), a mensagem de paz deixada pela santa aos pequenos é lembrada com festas e orações.
As aparições ocorreram em Fátima, onde atualmente funciona a Diocese de Leiria-Fátima.
As crianças, Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos, à época, voltaram ao local por mais cinco vezes, nos dias 13 de junho, julho, agosto, setembro e outubro, para ouvir a mensagem da santa. Em sua última aparição, com a presença de cerca de 70 mil pessoas, Nossa Senhora de Fátima teria pedido a construção de uma capela e a intensificação da reza do rosário.
Em tempos de violência e desigualdes a oração e a fé são necessárias para conseguirmos resistir neste mundo!
AVE MARIA!!!
ORAÇÃO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for paa maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.
v. Rainha do Santíssimo Rosário.
v. Rogai por nós.
sábado, 10 de maio de 2008
E O BRASKEM VAI PARA...
Roberto de Abreu -MELHOR DIRETOR!!!!!!
A Finos Trapos estava concorrendo a 5 categorias.
LINDO DISCURSO, LINDAS REFÊRENCIAS,(inclusive EU!!) RECONHECIMENTO, PERCURSO!
ORGULHO!!!
PARABÉNS IVES!
QUERO A MINHA PARTE!
Viva o Teatro do Interior!
PS: ESTE ANO O PRÊMIO E A CERIMÔNIA DEIXARAM MUITO A DESEJAR...
Polêmicas, ecônomia(até o coquetel, não comi um croquete!),revelações...
Enfim...
Sérá que vale a pena fazer um texto?!
Fotos- Roberto na entrega do Prêmio no TCA dia 05/05/08 e como o Galo Anunciador, no Auto da Conquista(tempos áureos do Grupo de Teatro da Uesb- hoje Caçuá de Teatro)
10 DICAS PARA TER UM BLOG DE SUCESSO!
Criar um blog é muito fácil, mas vê-lo cheio de visitas e comentários já é bem mais difícil. Foi pensando nisso que selecionamos 10 dicas que vão fazer do seu blog um verdadeiro sucesso
por Phelipe Cruz*
1- Blog não é Bíblia
Não adianta achar que todo mundo vai ler aquele texto gigantesco e detalhado que você escreveu. A maioria das pessoas não tem paciência para grudar os olhos numa tela de computador e ficar lendo por muito minutos. Portanto, escreva pouco. Diga o suficiente. Faça um texto com muitos parágrafos e divida as suas idéias criando sub-títulos. Outra dica é colocar as palavras mais importantes do texto em negrito.
(ME FERREI NESTE ITEM, RS)
2- Ninguém quer saber o que você almoçou
Tente falar de assuntos que vão interessar a todo mundo. Evite falar sobre como você ama espinafre ou da camisola que você ganhou da sua avó. Mas, se for uma dessas histórias for engraçada, ignore essa dica e escreva mesmo assim, tá?
(RS)
3- Troque idéias com os seus leitores
Responda aos comentários que eles deixam no blog. É preciso ter muita paciência, mas um bom jeito de atrair leitores é dando atenção, respondendo e conversando.
(CERTAMENTE)
4- Atualize com frequência
Sabe aquele blogueiro que “posta” semanalmente? Duvido que ele tenha muitas visitas. Se você quer comentários e bons acessos, seu blog precisa ter novidades diariamente. Criar blog é como pôr um filho no mundo. É fácil fazer, mas é complicado criar, tomar conta e vê-lo fazer sucesso.
(DEPENDE DO TRABAHHO, DA FACUL, DO MESTRADO, DO RELATÓRIO, AIIIIIII)
5- Use fotos no post
Conhece aquele ditado: “uma imagem vale mais que mil palavras”? Na internet, isso se encaixa perfeitamente. Uma boa foto no seu blog vale mais do que 3 bilhões de palavras (ok, exagerei). Mas é fato: se a imagem que você escolheu para ilustrar o seu post for interessante, a maioria das pessoas vai ler o que você tem para dizer, comentar e discutir.
(HUNNNN...)
6- Tenha um layout legal
Na hora de escolher o seu template, opte pelo mais bonito e agradável para os olhos dos leitores. Use a fonte num tamanho ideal para que todos leiam, evite cores que não dão contraste (ex: se a cor da sua letra for vermelha, nunca coloque um fundo amarelo ou laranja).
(RS)
7- Dê link para recebê-los de volta
Viu uma notícia legal no blog do seu amigo? Cite no seu e dê o link. Não economize na bondade. Distribua links. Assim você mostra que você sabe onde acontecem coisas bacanas e os internautas vão sempre voltar para ler. Por outro lado, o blogueiro
citado fica feliz pelo link e retribuiu a gentileza.
8- Use vídeos no post
Está sem idéia para postar? Vá para o Youtube. Um vídeo legal que você encontrou no site pode render um post sensacional. Não pense 2 vezes em colocar um videoclipe legal ou um vídeo engraçado. Internet não é só texto e foto. É também vídeo, música e muita animação.
(NÃO GOSTO DESTE RECURSO. VÃO VER NO YOUTUBE)
9- Use os sites de comunidades sociais
Muitos internautas ficam navegando pelo orkut, no twitter e em outros sites de relacionamento. Uma boa idéia é divulgar os seus posts nesses lugares. Exemplo: acabou de escrever algo muito legal sobre a Rihanna? Procure a comunidade dedicada à cantora no orkut e mostre o link para os participantes.
(OPÇÃO PARA OS DESEMPREGADOS E COM TEMPO DE SOBRA)
10- Cuide do seu português
E quando eu falo em português, não estou me referindo aquele moço da padaria e nem aqueles que nos colonizaram. Estou falando da nossa língua portuguesa. Antes de publicar um post, pare para revisar por alguns minutos. Veja se tem erros, use as vírgulas corretamente, evite o miguxês. Já imaginou se alguém lê um post cheio de erros? Tenho certeza que essa pessoa não te visitará mais. A internet é cheia de dicionários online. Use todos eles e não maltrate o português. Boa sorte!
(OPAIO!VÁ ESTUDAR MEU POVO)*
Phelipe Cruz é editor do site da Capricho e dono do blog Papel Pop, um megassucesso na internet.
TAGS: internet
BLOG NOVO! OBUAAAAAAA!!!
Resisti, resisti, mas enfim, ei-lo novo!
O BLOG a serviço da humanidade e da vida! rs
Tô me sentindo a última celebridade de qualquer um desses realits shows (não importe com a grafia inglesa errada) expondo sua vida e os detalhes mais sórdidos, a todos.
Mas de certa forma sou uma pessoa pública, vivo da minha arte e das reflexões que faço dela, então, vocês vão ter que me aturar, sobretudo, quando me baixa o catingueiro aretado, ou o artista interiorano compromissado com a arte fora do umbigo da Capital, através das reflexões do Movai- Movimento de Valorização do Artista do Interior, ou falando dos projetos do Caçuá de Teatro,(MEU GRUPO, MINHA ESCOLA) que nesse ano completa 10 anos de trabalhos e labutas pelo teatro no interior, ou quando tiver algo que realmente falha a pena postar, pois não vou colocar besteira aqui ou frescuras tipo: comi arroz com brócolis hoje, o dia ta tão quente, etc etal...
O importante é a troca, portanto escrevam!
O objetivo deste blog é mais tarde de comentar espetáculos de teatro em cartaz e trocar experiências com todos.
Então é isso!
Vou tentar escrever pouco, mas será que eu consigo?!
Beijos benignos!
Ah, Zé Renato continua aqui... a casa tá tão organizada... hehehe
Ah, ele DEFINITIVAMENTE ARRASOU no BARRA FASHION!!!
Eis uma foto de um dos lookcs da sua última coleção de verão.
Morram de inveja pois esta burmuda está no meu acervo!!
"Eu tô pagando..." rs
15 ANOS DE OFICINA DE RISO! ZIZI FERREIRA
NO TRABALHO! LÊ, LÊ, LÊ, LÊ...
Povo amigo!
Estou aqui terminando o relatório da temporada do Entre a Cruz... pelo Prêmio Jurema Penna da Funceb. O vento ta soprando fortão. uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuZé Renato ta aqui dormindo... ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZEnquanto organizo tudo, acompanhem ai o relato emocionado e indignado de Chico sobre a nossa temporada.
Vem mais coisa por ai!
Beijos Sertanejos!
“ENTRE A CRUZ E A ESPADA...” PEGANDO A ESTRADA POR FRANCISCO ANDRÉ
“Entre a cruz e a espada...” pegando a Estrada
Por Francisco André
Sonhar não é pecado, muito menos proibido. Todas as vezes que podemos comunicar nossas idéias para que elas se multipliquem e se transformem em sonhos coletivos temos a sensação de dever cumprido. Foi com esse propósito que nós da equipe do “Entre a cruz...” partimos em direção ao desconhecido para fazermos uma troca de interior pra o interior, ou seja, de igual para igual.
A oportunidade que tivemos de realizar esse projeto patrocinado pelo Prêmio Jurema Pena da Funceb não poderia ser em um período mais especial. Com a realização do projeto o grupo Caçuá de Teatro, produtor do “Entre a cruz...”, abre a série de eventos comemorativos de seus dez anos de existência, resistência e muita luta por um teatro brasileiro, baiano, popular e catingueiro.
Quando soube da notícia da aprovação no edital senti um contraste de emoções paradoxais. Se de um lado fiquei contente com a oportunidade de realizar o projeto, do outro ponderava as loucuras do diretor Marcelo Benigno em querer realizar um verdadeiro “milagre da multiplicação financeira” ao pretender circular por cinco cidades do interior com uma verba que financiava apenas três. E ainda, dentre elas haviam duas que não fazem parte do circuito canônico realizado por outros espetáculos (Itambé e o Distrito José Gonçalves). Enquanto que outros espetáculos também contemplados com o Prêmio se limitavam a circular por apenas duas ou três cidades sempre acostumadas a receber espetáculos dos projetos da Funceb.
ITAMBÉ
O primeiro pouso: O Cine Teatro de Itambé-Ba
Pois bem, sem saber se era loucura ou não do Benigno, arrumamos os nossos caçuás, dobramos nosso estandarte, pegamos a imagem do santo Expedido (Padroeiro da Causas Impossíveis) e partimos em direção a Itambé para dar inicio a primeira jornada do projeto. A equipe se dividiu em dois itinerários distintos: eu e Benigno saindo de Vitória da Conquista e os outros membros saindo de Salvador.
Itambé é uma pequena cidade a 60 km de distância de Vitória da Conquista. É uma cidade acolhedora, apesar do sol causticante e uma diferença climática enorme de Vitória da Conquista. Eu e Benigno estávamos mais familiarizados com a cidade, primeiro por já conhecer de visitas anteriores e segundo por termos participado de um encontro pedagógico promovido pela Secretaria de Educação local dias antes da temporada, o que servira de divulgação para esta temporada.
Apesar de acolhedora, a cidade mostrou um absoluto despreparo para receber o espetáculo. Leia-se despreparo estrutural, porque em se tratando de calor humano e afetividade a cidade demonstrou estar absolutamente preparada.
Foi incrível a latente sensação de pertencimento dos moradores a nos confessarem felizes ao ver sendo anunciado na televisão (onde cotidianamente só assistem notícias da capital e de grandes metrópoles) que seriam contemplados com algo que notadamente não se vê todos os dias naquela região- as pessoas do interior são extremamente receptivas com o teatro que vem de fora.
Foi bom saber também que eles fazem cultura, precisam de cultura, e principalmente que também ali, tanto os que fazem quanto os que precisam de cultura precisam de uma maior atenção do poder público.
O Cine Teatro onde apresentamos o espetáculo era enorme. Porém, com uma infra-estrutura de auditório e notadamente precária. Não há equipamento de luz (nem ao menos as varas de iluminação), nem de som. É um prédio de arquitetura colonial extremamente jogado as traças, disfarçado somente pela criatividade dos artistas locais, a exemplo de Zizi Ferreira, representante do teatro na Prefeitura, que mesmo sem ter nenhum recurso disponibilizado pelo poder público, tenta manter aquele espaço contando com ajuda dos artistas e populares da região.
Eu e Benigno chegamos dia 28 de fevereiro, o restante da equipe que veio de Salvador chegou dia 29 de madrugada. Logo cedo nos dirigimos ao Cine Teatro para realizar a Oficina de Contrapartida com alguns artistas da cidade. Muitos deles, há muito tempo, vem construindo uma história de lutas pela valorização dos artistas por parte da prefeitura local, e realizando um trabalho de formação artístico-pedagógica essencial na cidade. Muitas crianças e jovens atores também participaram da oficina com olhares atentos a tudo e com a receptividade que só os que esperam por iniciativas iguais a deste projeto podem sentir.
Terminada a oficina prosseguimos com o nosso cronograma de atividades. Durante o dia, apesar de muito stress gerado pela tentativa de fazer o melhor com o mínimo, conseguimos montar o cenário, a luz e ainda fazer divulgação na rádio local e no “boca a boca”.
Fiquei responsável pela montagem e afinação da luz. Nessa missão, eu é quem tive que fazer outro milagre: “o da multiplicação dos refletores”. Esse episódio de nossa temporada se desenhou meio cômico e ao mesmo tempo dramático: O pé direito do Cine Teatro é bastante alto, e o técnico de luz enviado pela empresa que alugamos os refletores ao subir em uma escada (também muito antiga) se tremia de medo, apelando para todos os santos pra conservar a sua vida. Também fiquei com muito medo, pois tínhamos que pendurar duas varas com doze refletores pares no cano em que estava presa as cortinas do teatro, já que não havia nenhuma vara de iluminação.
Apesar de todo um malabarismo que tivemos que fazer, o espetáculo à noite foi bastante compensador. Às 20 horas, horário previsto pra começar, não havia quase ninguém as portas do teatro esperando o acesso. Esperamos um tempo, e para nossa grande surpresa, o público começa a chegar quando o espetáculo já havia se iniciado. Uma grande vitória a todos: casa cheia.
O público altamente participativo e educado. Era notável que o mesmo se identificou com o espetáculo, que, aliás, narra a história de um personagem como eles: sertanejos, catingueiros, do interior e sonhadores. As músicas encontravam coro na platéia a todo instante. E em mim, as respostas para todo o trabalho e stress da montagem eram mais que gratificante.
Terminado o espetáculo fizemos um rápido bate papo com a platéia e procuramos valorizar a iniciativa importantíssima da atriz e produtora local Zizi Ferreira que nos convidou e fez tudo o que estava ao seu alcance para que pudéssemos apresentar em sua cidade. Ao final de tudo estávamos muito cansados, e olha que era somente o primeiro dia de trabalho.
CONQUISTA
A estréia em nossa cidade Natal
Desde a estréia do “Entre a cruz...” em Salvador (mais ainda depois de termos participado do Festival de Cenas Curtas do Grupo Galpão de Minas Gerais) que a expectativa de estrear em Vitória da Conquista se tornava latente. Os próprios habitantes e a classe teatral da cidade também pediam o espetáculo. Enfim, era chegado o momento oportuno.
Todos estavam meio cansados da temporada em Itambé. O nosso relógio biológico andava meio atordoado, mas isso já era previsto. Viajamos para Vitória da Conquista logo depois da apresentação em Itambé, pois no dia seguinte teríamos que começar tudo de novo. Chegamos à cidade por volta das 01:00 da madrugada da sexta-feira 01 de março e fomos direto para o Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima para deixar o cenário para só depois nos dirigirmos ao hotel.
As atividades do grupo começaram também cedo. As 11:30 fizemos uma entrevista ao vivo na emissora de TV local, vinculada a Rede Bahia de Televisão. O espetáculo estava bem divulgado, pois conseguimos uma chamada na televisão que anunciava toda a temporada.
Cheguei ao teatro as 14:00 horas para montagem de cenário, luz e som. Apesar de menos precárias, as condições estruturais que nos foram oferecidas no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima não foram tão diferentes do Cine Teatro de Itambé.
È sabido por todos os artistas conquistenses e baianos que o Camilo de Jesus necessita de uma reforma completa na estrutura e aquisição de equipamentos básicos para qualquer espetáculo. Infelizmente fazer teatro naquela cidade só é possível com o patrocínio de projetos como o Jurema Pena, pois assumir o aluguel de equipamento de luz e de som com certeza pesa e muito no orçamento de qualquer produção teatral.
Tivemos, por exemplo, em cima da hora locar quatro aparelhos de som, pois nenhum ligava no Centro e quando ligava queimava o aparelho, por problemas na rede elétrica e nas tomadas inutilizadas espalhadas pelo espaço do centro cultural.
Imagine com o isso influencia um espetáculo e toda sua equipe minutos antes de entrar em cena?!
Entretanto, apesar desse cenário, nos sentíamos mais familiarizados com o ambiente, já que aquela casa foi o berço de muitos de nós, inclusive do próprio grupo Caçuá. Contamos com o apoio na divulgação do produtor local Thiago Carvalho e dos alunos que participaram da oficina que também faz parte deste projeto.
A estréia no dia 01 foi um pouco nervosa dada à expectativa que empreendemos sobre a mesma. Um público bom veio prestigiar o espetáculo. Muitos amigos e parceiros de longa caminhada (Chefinho Santos, Sônia Leite dentre outros artistas locais) também estavam na platéia.
Como estava trabalhando na assistência de produção, pude perceber com maiores detalhes a recepção do público para com o espetáculo, que muito pouco diferiu da reação percebida em Itambé. O principal ganho do “Entre a Cruz...” é tocar nos sentimentos arquetípicos do povo do interior, assumidamente sonhadores e lutadores.
E como eu esperava: sucesso total!! Alguns erros técnicos da equipe e do ator em cena, mas nada que tirasse a magia do espetáculo.
Terminada a estréia, fomos todos jantar e comemorar a vitória de mais uma etapa. Estávamos menos cansados neste dia e procuramos poupar energia para a próxima etapa, que também seria realizada no dia posterior.
GUIGÓ
A benção em José Gonçalves
Devo confessar que nunca em minha curta carreira levantei pouso tantas vezes em um mesmo fim de semana. Depois de passar por Itambé e Vitória da Conquista, agora era a vez de desbravar José Gonçalves, distrito desta mesma cidade. Esse lugarejo, berço de toda minha árvore genealógica, é muito especial para mim em particular.
Saímos de Vitória da Conquista entre sete e oito horas da manhã do domingo. Não é grande a distância entre o distrito e a sede. Desde o início da viagem comecei a perceber que ali aconteceria um grande laboratório de vivência popular. Pegamos um transporte alternativo na Ceasa de Conquista, que por sinal, estava muito lotado. Alguns alunos da oficina nos acompanharam, pois fazia parte da oficina a vivência em campo.
Quando chegamos ao distrito carinhosamente apelidado de “Guigó” a missa já havia começado. Aliás, estava quase no seu final. Colocamos-nos a postos esperando que a mesma se encerrasse. De longe já comecei admirar as figuras populares compenetradas rezando e acompanhando a missa. Olhares fortes, marcas do sol e do trabalho. Mesmo de longe dava pra distinguir daquela multidão de fiéis alguns tipos: as senhoras carolas, as mocinhas casadoiras, os homens do campo, etc.
Fomos muito bem recebidos pela comunidade. Confessei a alguns colegas o receio de ao término da missa ninguém querer assistir o espetáculo. Mas para minha grande surpresa, quando o padre anunciou o fim da missa ninguém fez menção que iria se levantar. Ao contrário, esperavam ansiosos pelo início do espetáculo.
Tudo pronto. Começa o espetáculo. De longe surge o contador com o seu Caçuá no ombro acompanhado dos músicos. Daí em diante, uma energia jamais sentida começou a me contagiar. Era notável a intensa sintonia entre ator e platéia. Todos os códigos do espetáculo eram interpretados com fidedignidade pela mesma. Naquele efêmero momento, rompiam-se os limites entre ator e platéia, fantasia e realidade, arte e vida real, autor e obra, Marcelo Benigno e sua história.
Em qual lugar se não ali, personagens como Durvalina e seu Belo poderiam ser tão compreendidos? Muitos ali presentes conviveram com esses personagens durante toda a sua vida. Realmente, era um momento que se tornaria fértil material de estudo para ares como a etnocenologia, defendida e sistematizada por pesquisadores como Armindo Bião.
Muitas sensações se misturavam ao meu imaginário. Sentia-me num cenário medieval onde o sagrado e o profano se misturavam. Aprazia-me também a idéia de fazer teatro popular para o povo, o que poucas vezes temos a oportunidade de proporcionar. Era contagiante também a empolgação de Marcelo Benigno quando falava do lugar, daquela igreja onde ele deu os primeiros passos com o teatro.
Terminada a apresentação, muitas pessoas do público choraram, principalmente os mais idosos e amigos que acompanharam a infância de Benigno. Ficamos visivelmente emocionados. Todos da equipe choraram, bombardeados com um arsenal de emoções e memórias. Senti-me revigorado e energizado. Aquela manhã de domingo, pra mim, valeu por todo o projeto.
Encerrando com chave de ouro aquela manhã, ao regressarmos a conquista fomos para a “Feira do Bairro Brasil” comer um delicioso almoço de feira para dar sustança para a última apresentação da noite no Centro de Cultura.
O sucesso do primeiro dia e a apresentação da manhã energizou a última apresentação do dia. A platéia estava bem mais cheia que no sábado e o público mais ainda participativo. Destaque para a presença de Esechias Araújo Lima, grande fomentador da cultura na região, e co-autor do texto “Auto da Gamela” recém montado pelo Grupo Finos Trapos, também de Vitória da Conquista, o qual também sou membro.
A CAPITAL
O Caçuá se apresentando no Xisto na “Capitá”
Acho que na apresentação em José Gonçalves a energia do Santo Expedito se uniu ao poder do Sagrado Coração de Jesus e da Nossa Senhora da Conceição, padroeira da igreja onde apresentamos. Essa união fortaleceu e abençoou a etapa seguinte do projeto: a apresentação no Espaço Xisto, em Salvador.
Pra começar, o espetáculo estava muito bem divulgado, além da divulgação promovida pela produção do Caçuá e do Prêmio Jurema Pena, estava rolando na cidade a divulgação de uma programação comemorativa do dia do teatro e do Circo.
E como estávamos em cartaz, também fizemos parte do circuito contemplado com a divulgação. Resultado: casa cheia nos dois dias de edição.
Além disso, a equipe técnica do teatro se mostrou muito bem preparada e receptiva para com toda a equipe.
Infelizmente não pude acompanhar a etapa das oficinas na cidade. Como estou me graduando em licenciatura em teatro pela UFBA, estava em aula no horário destinado as oficinas.
Mas sobre o espetáculo, o público mais uma vez demonstrou uma boa receptividade. Claro que é bem diferente a reação do povo da capital e do pessoal do interior. Aqui na capital existe uma tendência do público (principalmente dos críticos e colegas de profissão) avaliarem o espetáculo com um olhar técnico e “acadêmico”, o que os fazem ressaltar muito mais algumas fragilidades técnicas da obra de que o seu conteúdo poético e filosófico. Ao passo que, ao se permitirem lançar um olhar sensível e poético sobre a filosofia do “Entre a cruz...” nitidamente as pessoas percebem que essas fragilidades tornam-se apenas um detalhe, o que as pessoas do interior conseguem com muito mais facilidade.
Teatro jamais poderá ser apenas um repertório de técnicas e artifícios. Teatro pra mim é comunhão, lirismo, poética. E isso o “Entre a cruz...” tem de sobra.
FEIRA DE SANTANA
Apresentando no Amélio Amorim e na Feira de Feira de Santana
Depois da apresentação no Espaço Xisto, a sintonia entre os membros da equipe era tamanha que os erros técnicos notados na primeira etapa do projeto foram praticamente nulos na etapa de Feira de Santana.
Contamos também com o apoio muito bem vindo de alguns artistas da cidade, amigos de Benigno. Isso foi o que pra mim ficou mais forte nesta etapa, já que ocorreram alguns problemas que infelizmente ainda são comuns aos Centros Culturais da Fundação Cultural.
O primeiro deles em se tratando do Amélio Amorim é a sua localização. Muito distante do Centro impossibilita o público de classes menos favorecidas (principal alvo do projeto e do espetáculo) comparecerem ao teatro.
O segundo e grande problema foi de administração: Nos dois dias de temporada não havia nenhum funcionário do Centro de Cultura (salvo o vigilante) para nos assessorar no horário marcado da apresentação.
O primeiro dia foi marcado por uma ausência quase que total de público. Pesou menos na nossa consciência ao sabermos que vários outros espetáculos de Salvador que fizeram circulação dos projetos da Funceb também enfrentaram o mesmo problema de falta de público, tanto no ano passado quanto neste ano.
No segundo dia de apresentação o público foi melhor, mesmo assim o quadro não foi tão diferente. Em mim ficou a sensação de frustração ao ver um teatro que estruturalmente está muito melhor conservado que o do Camilo de Jesus Lima em Vitória da Conquista (apesar de também não ter iluminação própria tendo que ser locada) não conseguir ter uma platéia cativa. Logo em uma cidade muito grande e com um ótimo potencial econômico, assim como Vitória da Conquista.
Para atenuar esse quadro fomos agraciados com a sábia idéia de Benigno de anexar ao projeto uma apresentação na feira livre da cidade. Outro momento digno de ser objeto de estudo etnocenológico.
Nos arrumamos na casa de dois grandes artistas feirenses. Por sinal muito acolhedores. Montado em uma Burrinha, símbolo de uma das grandes manifestações populares do recôncavo baiano, o contador e nós músicos partimos em direção a feira livre. Era um Ceasa enorme, com muitas bifurcações. Gente inexperiente pode até se perder dentro daquele pequeno universo.
Os comerciantes e consumidores se misturavam enquanto ficávamos em cortejo de uma ponta a outra da feira procurando encontrar um lugar mais aberto para podermos apresentar. Ledo engano de nossa parte. O lugar era tão cheio e apertado que não existia nenhuma área mais ampla. E então decidimos apresentar nossa “fuzaca” ali mesmo.
O público era uma grande sensação. Muitos deixaram os seus afazeres por alguns instantes para observar o que estava acontecendo e se divertiam com nossas peripécias e canções muito conhecidas dos mesmos. Outros faziam questão de continuar seu trabalho aproveitando a oportunidade para “vender o seu peixe” no aglomerado de gente que se amontoava. Repetidas vezes tínhamos que abrir caminho para carregadores com muito peso ou com seus carros de mão circulando pra lá e pra cá para ganhar o pão de cada dia. Algumas senhoras mal humoradas (muito parecidas com o estereótipo de protestante) nos tratavam com rispidez julgando que atrapalhávamos suas vendas ao nos posicionarmos na frente de suas barracas, enfim uma multidão de tipos e de seres humanos que dificilmente se pode transcrever em palavras. A maioria se divertia com nossas cantigas e com a burrinha que conquistava todas as crianças que por ali passavam.
Ficamos nessa sinergia por um bom tempo. O sol castigava a nossa pele, mas nos divertíamos tanto quanto os espectadores. Só decidimos acabar quando Fabiana, exausta por conduzir a marcação de sua zabumba de cinco quilos, Jeferson com o Violino, eu com o triângulo e Benigno com a Burrinha trocamos os olhares, e, sem precisar utilizar a palavra decidimos que era chegada a hora. Se não fosse aquele sol do meio dia estar tão forte, ficaríamos ali a tarde toda proporcionando e sendo proporcionados com aquela sensação de liberdade e felicidade.
Exaustos da última jornada, neste mesmo dia regressamos as nossas casas para voltar ao trabalho cotidiano.
O QUE FICOU DA EXPERIENCIA?!
O que ficou da experiência
Além do cansaço por um intenso e recompensador trabalho, muitas foram as reflexões que ficaram comigo depois desta temporada do “Entre a cruz...”. Os produtos desta temporada e também a sua importância e relevância sociocultural jamais poderão ser medidos ou ilustrados com números estatísticos.
Comunicar o teatro com pessoas que não estão nas cidades que se tornaram circuito tradicional dos projetos da fundação talvez seja a principal relevância e diferencial deste projeto do Caçuá. No cenário de uma política cultural que se pretende dividir o estado em territórios de identidade culturais, essa iniciativa do Caçuá revela-se de extrema importância, tornando-se um exemplo a ser seguido pelos demais espetáculos que circulam ou que postulam uma circulação patrocinada por uma instituição pública.
Como diz a clichê, mas importante frase: “o artista deve ir onde o povo está”. E ali naquelas cidades encontramos um povo que faz e que é carente de cultura. Um povo simples que com sua criatividade consegue driblar problemas que sempre acompanham o artista, como a ausência de recursos por exemplo.
Devo destacar também a competência e dedicação de toda a equipe que trabalhou no projeto. Todos sempre presentes se propunham a ajudar, até mesmo quando não era possível. Fabiana, Jeferson, Mike, Carlos, Thiago, Benigno e aderentes são um povo “arretado” que não fazem corpo mole pra nada.
Espero que a energia gerada em José Gonçalves possa se manter carregada por toda a nossa trajetória artística, abrindo todos os caminhos necessários e nos protegendo de qualquer “mal olhado”, inveja ou coisa ruim, colocando sempre em nossa trajetória apoio e patrocínio que nos possibilitem trabalhar. Afinal, a única coisa que nós artistas queremos é isso: trabalho em profusão e muita inspiração para repetir experiências singulares como as vividas neste projeto.
Francisco André Sousa Lima
sexta-feira, 2 de maio de 2008
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