SEU BELO
Seu Belo era um senhor, bem velhinho, que ora prestava serviços a meu avô, a troco de uma pinguinha de erva doce e um punhadinho de açúcar. Minha mãe dizia que ele tinha sido rico, mas como a sua mãe o mimara demais, ele acabou ficando muito frágil, dependendo sempre das outras pessoas. Com isso, acabou perdendo toda a sua riqueza e família, terminando por trabalhar nas casas dos mais conhecidos. Por isso, que ele tinha aquela voz pequena e afônica.
Nunca soube até que ponto, aquela história era verídica, contudo, convivi parte da minha infância observando e admirando a figura de Seu Belo.
Não sabia o seu nome verdadeiro e nem porque, eles o chamavam assim. Muitos, quando queriam agradá-lo, o chamavam de Sula:
- Ô Sula, vem varrer os terreiros hoje pra mim, vem!
- Sula, vai pegar um camin d’água na fonte pra eu por no filtro, que te dou uma pinguinha!
Seu Belo, além de pegar água nos tanques, lascar lenha e fazer pequenos mandados, era especialista em varrer terreiros. Quando chegava a sexta-feira ele ia logo cedo procurar vassouras, no mato, para cumprir a sua tarefa.
Fugindo da regra geral, das varredeiras de terreiro, a sua vassoura não era curtinha e nem amarrada com pau de vassoura comum. Ele arrancava vários pés de malva, mais ou menos da mesma altura de uma vassoura normal, amarrava-os cuidadosamente, com muitas fitas coloridas e pronto! Era a vassoura mais conhecida da redondeza, sendo exclusividade sua.
Seu Belo varria os terreiros como se desenhassem na terra, pedaços de sua história. Ficava muito concentrado na sua tarefa, enquanto eu brincava por entre as folhas e pó que voavam em minha direção.
Ao final da tarde de sexta-feira, os terreiros, tanto os da frente, quanto o dos fundos de muitas casas vizinhas, estavam um brinco, como dizia minha avó:
“ - Seu Belo é muito caprichoso,” lembrava ela.
Mas as pessoas abusavam! Eram tantos os chamados, que às vezes, ele se irritava e esbravejava baixinho, uns xingamentos.
A sua imagem é inesquecível.
Ele tinha um rosto bem redondo, iluminado por olhos verdes e uma barba grisalha. Sempre andava com seu chapéu e sandálias de couro. Suas roupas de sertanejo tinham um tom marrom esverdeado, confundindo-o com a vegetação catingueira. Seu olhar era infantil e ele adorava crianças e bichos, principalmente, cachorros e gatos. O vi, várias vezes, brincando com o bichano que morava na casa de meus avós, ou dando comida aos cachorros que sempre o acompanhava.
Outra coisa que seu Belo adorava, era arroz pregado. Sabe quando o arroz está quase queimando e gruda no fundo da panela? Pois é, Seu Belo adorava o pregadinho do arroz, quase queimado, preferindo-o, ao invés do Arroz Marrecão, branquinho, solto e parborizado, que saia diretamente da venda de meu avô. Comer arroz Marrecão, por aquelas bandas, era motivo de status, sendo servido, somente em ocasiões especiais, pois o arroz costumeiro se comprava na cidade, em grandes sacos. Minha mãe, muitas vezes, atendeu o seu pedido, embora não entendesse porque, ele tinha aquele gosto tão peculiar.
Nas horas vagas, Seu Belo remexia os monturos em busca de enfeites para o seu cajado. Ele andava pelos cantos com um cajado grande, ora feito de madeira, ora de ferro, ora de cipó. Toda vez que ele aparecia na casa de minha madrinha, que é minha vó, seu cajado estava cada vez mais garboso, cheio de tampinhas coloridas, bolinhas amarradas, laços, brilhos e uma variedade de enfeites, que não sei onde, ele encontrava tantos. Alguns meninos, quando queriam pirraçá-lo, escondiam o seu cajado só para vê-lo ficar bravo. Ele então, tirava o seu facão da bainha e começava a enrabar os meninos pirracentos. Se uma facãozada daquelas pegasse no pé do pescoço de um...
Descaracteriza-se de S. Belo e diz o texto como ator.
Realmente, Seu Belo era um sábio! Tinha a doçura de uma criança feliz e a altivez de um rei, que imponente com o seu cajado mágico, seguia pelas estradas da Fazenda Manga Velha, imprimido respeito, alegria e magia aos moradores e visitantes daquela comunidade etérea, que se perdeu com o tempo.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
TEXTO ENTRE A CRUZ- POR PARTES

Todo mundo coloca seus textos no blog então lá vai: este é do Entre a Cruz a Espada e a estrada- Como nasce um artista Sertanejo. Vou colocando aos poucos.
Depois vem os pesados que são os artigos que criticam ou falam da cultura na Bahia e no interior! Primeiro a poesia, depois a realidade. RS
Espero que gostem!
Abraço!!
O SONHO
Sonharam muitos poetas pela conquista do amor. Outros sonharam para que as guerras acabassem. Muitos, em seus sonhos noturnos, copularam com deusas gregas suas fantasias sexuais mais secretas.
Dizem que a palavra sonho significa, ao olhar num dicionário, seqüência de imagens produzidas pela mente durante o sono, forte aspiração, desejo, ilusão, utopia. Até o doce de trigo feito pela minha tia, frito no óleo Sohia, salpicado de açúcar União e recheado com goiabada Cica, também define esta palavra tão difícil e cheia de nomeações.
Quem sonha se denomina sonhador, e o sonhador é colocado muitas vezes, no sentido de ilusão, preguiça, ingenuidade, acomodação. Sonhar nesse nosso mundo atual está intimamente ligado a nossa sobrevivência. Os sonhos hoje vêm empacotados, com códigos de barra, prazo de validade, e infelizmente, como na vida, todos têm seu preço. Resta saber se o sonhador devotado está realmente disposto a pagá-lo.
PERSONA
Eu tinha de 09 para 10 anos quando recebi a “missão”. Haveria um desfile cívico no centro do povoado, onde morava, e os melhores alunos foram indicados para representar a escola. Eu era um deles. Com orgulho e ufanismo infantil estufei meu peito e fui representar minha escola. Mas o destino já brincava comigo. Na frente do pelotão ia o imponente D. Pedro em um cavalo tão alto quanto se podia olhar. Ele era um menino lindo, de uma brancura ímpar, com cabelos curtos e negros, parecendo a versão masculina da Branca de Neve. Todos queriam estar lá, em cima do cavalo. Até eu. Só que o nosso Branco de Neve era tímido. E num passe de mágica, talvez da minha fada madrinha, acabei em cima do cavalo. A banda tocava num ritmo eufórico e frenético, atiçando meu coração. Ivonete, a que me colocou no cavalo, num gesto místico passou-me a espada e pediu que, ao seu sinal, gritasse, com toda minha força o texto. Nunca vou esquecer a sensação, o fogo no rosto, a altura do cavalo, o olhar do público que me acompanhava num cortejo quase medieval. – Vai! Disse ela com um olhar de esperança. Tremendo e apoiando uma das mãos na cabeça da sela, exclamei:
“- Forjem as armas soldados! Independência ou morte!!”
Desse dia em diante, nunca mais larguei a minha escalibur e assumi de vez a missão de guerreiro pela arte.
Sonharam muitos poetas pela conquista do amor. Outros sonharam para que as guerras acabassem. Muitos, em seus sonhos noturnos, copularam com deusas gregas suas fantasias sexuais mais secretas.
Dizem que a palavra sonho significa, ao olhar num dicionário, seqüência de imagens produzidas pela mente durante o sono, forte aspiração, desejo, ilusão, utopia. Até o doce de trigo feito pela minha tia, frito no óleo Sohia, salpicado de açúcar União e recheado com goiabada Cica, também define esta palavra tão difícil e cheia de nomeações.
Quem sonha se denomina sonhador, e o sonhador é colocado muitas vezes, no sentido de ilusão, preguiça, ingenuidade, acomodação. Sonhar nesse nosso mundo atual está intimamente ligado a nossa sobrevivência. Os sonhos hoje vêm empacotados, com códigos de barra, prazo de validade, e infelizmente, como na vida, todos têm seu preço. Resta saber se o sonhador devotado está realmente disposto a pagá-lo.
PERSONA
Eu tinha de 09 para 10 anos quando recebi a “missão”. Haveria um desfile cívico no centro do povoado, onde morava, e os melhores alunos foram indicados para representar a escola. Eu era um deles. Com orgulho e ufanismo infantil estufei meu peito e fui representar minha escola. Mas o destino já brincava comigo. Na frente do pelotão ia o imponente D. Pedro em um cavalo tão alto quanto se podia olhar. Ele era um menino lindo, de uma brancura ímpar, com cabelos curtos e negros, parecendo a versão masculina da Branca de Neve. Todos queriam estar lá, em cima do cavalo. Até eu. Só que o nosso Branco de Neve era tímido. E num passe de mágica, talvez da minha fada madrinha, acabei em cima do cavalo. A banda tocava num ritmo eufórico e frenético, atiçando meu coração. Ivonete, a que me colocou no cavalo, num gesto místico passou-me a espada e pediu que, ao seu sinal, gritasse, com toda minha força o texto. Nunca vou esquecer a sensação, o fogo no rosto, a altura do cavalo, o olhar do público que me acompanhava num cortejo quase medieval. – Vai! Disse ela com um olhar de esperança. Tremendo e apoiando uma das mãos na cabeça da sela, exclamei:
“- Forjem as armas soldados! Independência ou morte!!”
Desse dia em diante, nunca mais larguei a minha escalibur e assumi de vez a missão de guerreiro pela arte.
O SONHO
Às vezes, os sonhos de alguns podem ser a desgraça de outros. Um simples sapato velho, que era sonho de um Paco Pliniano, trouxe a morte de seu amigo e colega de quarto. Este mesmo sapato, só que de Cristal, anima até hoje, os sonhos juvenis de mocinhas prendadas, que como a do Conto de Fadas, esperam pelo seu Príncipe Encantado, que realizará todos os seus sonhos e juntos, no final, todos serão felizes para sempre.
Se ser feliz hoje é realizar sonhos, muitos brasileiros viverão órfãos desse desejo, pois na nossa sociedade real, sonhar custa caro e a cara do sonho deve ser parecida com as das notas de dinheiro, nesse caso, duplamente real, que circulam por ai, realizando sonhos alheios.
Se ser sonhador é ser cidadão, novamente o mérito de sonhar escapole das mãos sedentas ou das cabeças sonolentas dos postulantes a sonhador, que sem as condições, para no mínimo, ser gente, não podem sonhar. Dizem os especialistas que até os bichos sonham, ora, pois, porque não, os seres humanos não poderão sonhar?
Strinberg sonhou na sua peça teatral, Akira Kurosawa no seu filme, até Shakespeare sonhou numa noite de verão!
Os sonhos de alguns são usurentos, mesquinhos, enquanto de outros simples e empoeirados...
(continua...)
Às vezes, os sonhos de alguns podem ser a desgraça de outros. Um simples sapato velho, que era sonho de um Paco Pliniano, trouxe a morte de seu amigo e colega de quarto. Este mesmo sapato, só que de Cristal, anima até hoje, os sonhos juvenis de mocinhas prendadas, que como a do Conto de Fadas, esperam pelo seu Príncipe Encantado, que realizará todos os seus sonhos e juntos, no final, todos serão felizes para sempre.
Se ser feliz hoje é realizar sonhos, muitos brasileiros viverão órfãos desse desejo, pois na nossa sociedade real, sonhar custa caro e a cara do sonho deve ser parecida com as das notas de dinheiro, nesse caso, duplamente real, que circulam por ai, realizando sonhos alheios.
Se ser sonhador é ser cidadão, novamente o mérito de sonhar escapole das mãos sedentas ou das cabeças sonolentas dos postulantes a sonhador, que sem as condições, para no mínimo, ser gente, não podem sonhar. Dizem os especialistas que até os bichos sonham, ora, pois, porque não, os seres humanos não poderão sonhar?
Strinberg sonhou na sua peça teatral, Akira Kurosawa no seu filme, até Shakespeare sonhou numa noite de verão!
Os sonhos de alguns são usurentos, mesquinhos, enquanto de outros simples e empoeirados...
(continua...)
domingo, 1 de junho de 2008
"PAI" CORUJA, EU?!!

DISCURSO DE ROBERTO NA ENTREGA DO BRASKEN
OLHA EU AI GENTE! FOI LINDO E O DISCURSO REVELA QUE VALE A PENA CRER NA FORÇA DA ARTE, APESAR DE TANTA LABUTA PARA POUCO RECONHECIMENTO, AINDA MAIS PARA NÓS INTERIORANOS!
RESPONSA, HEN?
10 ANOS DE CAÇUÁ NESTE ANO!
MUITAS ÁGUAS ROLARAM E MUITOS QUE PASSARAM PELO GRUPO ESTÃO AI SE ENCONTRANDO PELA VIDA E PELA ARTE!
DEVER CUMPRIDO.
AI, FICOU SAUDOSISTA NÉ?
TO FICANDO VELHO!
RENILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL...
SEGUE ABAIXO O TEXTO NA ÍNTEGRA(COM NEGRITOS MEUS) E A SABEDORIA DO LIVRO DE PROVÉRBIOS, NA BÍBLIA.
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22:6)
"Quando ainda tinha 04 (quatro) anos ganhei de presente, de minha mãe, uma roupa de palhaço. Com uma maquiagem no rosto, e uma peruca de cabelos coloridos, brinquei de ser aquele que não era. Uma brincadeira que, em minha memória, não consegui registrar a duração, mas a sensação é de que tenha durado a eternidade, e de que, até hoje, eu não tenha tirado aquela indumentária do corpo.
Naquele dia fui arrebatado. E, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA. já ali senti o trabalho de grupo necessário ao labor da “cena”. Eu não sabia me maquiar, e se minha mãe não o fizesse, certamente o brinquedo teria perdido um pouco o brilho, foi um trabalho de grupo conceber aquele palhaço, o grupo era minha mãe e eu.
Sempre fui precoce, as coisas em minha vida sempre aconteceram muito rápido, mas não tenho dúvidas de que as pequenas conquistas galgadas por mim e pela Finos, foram sempre sustentadas por parcerias e encontros.
E não é atôa que para nós, o teatro é a arte do encontro.
Como desconsiderar, então, os primeiros encontros com Marcelo Benigno ainda em conquista entre 97 e 98, a sala da UESB, o cheiro de incenso e a fatal imcompreensão, por minha parte, do que viria a ser aqueles processos de experimentação, viscerais, sinceros, pacientes, verdadeiros, sensíveis, determinantes na minha formação.
Como esquecer do PAFATAC, o encontro com uma amorosidade, com a paixão, com a poesia, com o outro. Como esquecer as aulas na graduação, com Daniel, com Ângela, Antônia, Adelice, Cleise, Iami, Maria Eugênia, Marfuz e tantos outros, vários encontros. O encontro com o professor Sérgio Farias, outro determinante encontro na minha trajetória: honestidade, objetividade, coerência, simplicidade. Responsável pela minha formação como pesquisador. E os encontros mais recentes: a paciência de minha orientadora do mestrado, professora Catarina Santana, que com atenção e dedicação tem respeitado minha prática acadêmica aliada a minha prática artística, e desse encontro na abro mão.
O encontro mais freqüente de todos esses é sem dúvida meu encontro com a Finos Trapos. Afinal de contas... são muitos ensaios por semana, muitas horas por ensaios e enfim.... só nós sabemos a delícia e a dor de ser o que somos. Este encontro celebro a cada dia, o encontro com: Daisy, a atriz e produtora, Polis, a dionisíaca, Dani, a dedicada, Yoshi, o ator cenógrafo, Chico, a sensibilidade, Rick, a ponderação, e os mais novos agregados, Frank e Milena. Ademais: todos os encontros com os entusiastas e amigos da Finos, tão caros à nós todos... entre eles o encontro com meu Padim, mais conhecido como Esechias Araújo Lima, e Carlos Jehovah, autores do Auto da Gamela, a quem nossa cidade credita respeito e homenagem pela trajetória e importância desses dois artistas e intelectuais de nossas serras gerais.
A Finos funciona em regime de teatro de grupo. Só quero essse tipo de trabalho para a minha experiência como artista. E teatro é tudo que sei fazer. Tudo. E o teatro que sei fazer, não é o teatro que está guardado e salvaguardado nas estantes das bibliotecas, das coleções da literatura dramática. Afinal de contas somos muito marginalizados, não é mesmo? Brasileiros, nordestinos, baianos, do interior, da periferia, artistas, com formação acadêmica em teatro, ou melhor e faço questão de dizer em licenciatura, residentes e ex-residentes universitários, que fazem teatro alternativo e de grupo... Ora, Não me peçam pra montar Ibsen! Não agora.
Fico muito feliz por este reconhecimento. É o reconhecimento dessa outra Bahia, que não está na tela das tvs, nos noticiários, nas campanhas publicitárias de turismo, na baianidade nagô. Está na rezadeira, no benzedeiro, na fé, nos reizados, nos presépios, na gente simples do interior. É esta a matéria que a Finos Trapos vem investigando. Também como uma denúncia: O teatro Baiano não é o teatro de Salvadorm apenas. Ponto.
O teatro está em todas as ruas, feiras, praças e tablados também de minha cidade como em todas outras tantas cidades desse estado, que como diria o próprio Josias Pires: É Singular e é plural, ou o homônimo mestre Nelson de Araújo: pequenos mundos habitam a Bahia. Feliz com o reconhecimento, mas ciente de que o maior reconhecimento que podemos ter é ver que estamos em nosso cotidiano, na sala de ensaio, buscando nosso caminho, nosso teatro... porque teatro se faz fazendo... não há espaço para encontro virtual!
Ofereço este prêmio à Finos Trapos, à minha mãe, ao meu irmão (aniversário), a meu namorado, à Marcelo Benigno (mestre e amigo), a Esechias, meu Padim e a um grande amigo em memória: Charles Cerdeira. Um palhaço conterrâneo, sensível, inteligente, de conhecimento fenomenal dessa engrenagem que é o teatro e que morreu há alguns anos em Conquista, na miséria absoluta, palpérrimo, e absolutamente descrente de um futuro melhor com seu ofício. Espero não ter o mesmo fim, amigo. Saudade, palhaço! Com a última palavra o poeta, outro conterrâneo, também em memória: "Vamos deixar de lado a revolução francesa e a soviética para descobrir a feijoada, o frevo, os reisados e o carnaval. Nossa cultura é a macumba, não a ópera." Glauber Rocha"
ROBERTO DE ABREU
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